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O QUE SERA QUE SERA

O que será que me dá 
Ou qui sérá qui mi dá
Que me bole por dentro será que me dá?
Qui mi poli pour dentrou, sérá qui mi dá
Que brota flor da pele será que me dá?
Qui brota flor da pèli, séra qui mi dá
E que me sobe às faces e me faz corar
I qui mi sobièch façizimi fach'courar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
I qui mi saoto zoliouz a miatreï souar
E que me aperta o peito e me faz confessar
I qui miapèrto peïtoué mi fass conféssar
O que não tem mais jeito de dissimular
Ou qui n(ã)on teï mas jéïtou dji djissi moular
E que nem é direito ninguém recusar
I qui néï é djirétou ningué récouzar
E que me faz mendigo me faz implorar (suplicar)
I qui mi faïch méndjiga, mi faïch implorar
O que não tem medida, nem nunca terá.
Ou qui nãon tèï méïdjid(a) ni nnounca térá
O que não tem remédio, nem nunca terá.
Ou qui nãon tèï rèmèdji, ni nnounca térá
O que não tem receita.
Ou qui nãon tèï receïta.

O que será que será?
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Que é feito uma águardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
E nem todos os santos será que será?
O que não tem descanso, nem nunca terá.
O que não tem cansaço, nem nunca terá.
O que não tem limite.

O que será que me dá 
Que me bole por dentro será que me dá?
Que brota flor da pele será que me dá?
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo me faz implorar (suplicar)
O que não tem medida, nem nunca terá.
O que não tem remédio, nem nunca terá.
Jusqu'à la fin du monde...